É com alegria renovada e a reafirmada disposição de luta que lhes escrevemos estas palavras. Esta campanha mostrou que os bancários e bancárias desejam um Sindicato independente, autônomo, livre para lutar no dia-a-dia, nos locais de trabalho; para proteger a categoria das doenças ocupacionais, das metas abusivas, do assédio moral, da alta rotatividade nos bancos privados, das perdas históricas que precisam voltar aos debates para que possamos reconquistar a dignidade aviltada em décadas de direitos usurpados e esquecimentos.
Agradecemos a cada bancário e a cada bancária que acreditou e que acredita, que tem a profunda esperança e a fé inabalável, que não se intimida e não se deixa dominar pelo discurso ultrapassado do medo. Nossa imensa gratidão só se compara à nossa vontade cada vez mais intensa de seguir lutando, no firme propósito de que a bandeira da mudança, que hasteamos, sem dúvida alguma, se torne realidade em nosso Sindicato.
Jamais deixaremos de ter fé que nosso Sindicato será, ainda que tarde, nossa defesa real, nossa força na luta por proteção, direitos e conquistas, mas, enquanto isso não se torna realidade, prosseguiremos adiante, com a força, a alegria, a coragem e a independência que sempre nos marcou o caminho e que foi amplamente reconhecida nesta eleição. Nossa maior unidade é com vocês, bancários e bancárias e nessa profunda e verdadeira unidade, saberemos fortalecer o caminho da autonomia e da liberdade para seguir em frente, e juntos.
ESTA ELEIÇÃO MOSTROU QUE OS BANCÁRIOS QUEREM UM SINDICATO INDEPENDENTE, LIVRE PARA LUTAR PELOS INTERESSES, DIREITOS E CONQUISTAS DA CATEGORIA.
Não nos resta a menor dúvida de que a mudança, a independência, a autonomia e a liberdade venceram esta eleição! A campanha nos mostrou isso, e pudemos comprovar que mesmo em municípios do interior do estado, nos quais nem pudemos ir, por falta de recursos, ganhamos no voto confiante da categoria.
O movimento Sindicato Livre crescerá, cada vez mais forte e unido, de braços dados com os bancários e bancárias, ampliando mais sua atuação e fortalecendo as lutas reais da categoria. Teremos a próxima campanha salarial, outras eleições e a luta por garantia de direitos, que se faz no dia-a-dia, com a manutenção dos nossos meios de comunicação e a contribuição de cada bancário e bancária que acredita nessa luta. É com esse espírito que nos fortalecemos na verdadeira e única unidade que nos interessa: a da categoria bancária, a das classes trabalhadoras!
JUSTIÇA!
Vamos questionar na Justiça do Trabalho as visíveis irregularidades cometidas por todos os que conduziram a eleição da nova Diretoria e Conselho Fiscal do Sindicato dos Bancários, desde seu início, e que tornaram impossível garantir que a vontade da categoria bancária esteja, realmente, representada em termos de votos, nas urnas que ficaram por dias e noites expostas na sede do Sindicato dos Bancários; o lobo guardou as ovelhas.
IRREGULARIDADES – A ausência de um Regimento Eleitoral; a composição de uma comissão eleitoral indicada pela direção do sindicato em uma assembléia manipulada; onde apenas convidaram os delegados sindicais aliados com a atual direção; a indicação de uma mesa apuradora da central sindical que declarou abertamente seu apoio à chapa contrária e que não cumpriu o Estatuto, protelando, por quatro dias, a apuração que deveria ter iniciado no dia 29 de abril; a descoberta de várias urnas largadas na recepção do Sindicato; a presença de urnas com lacres sem identificação nas atas de votação, urnas com lacres reserva; e a visível relação de subserviência da comissão eleitoral e da mesa apuradora, que seguiram o que ditava a direção do Sindicato e a chapa da situação, configuraram um desrespeito aos bancários e bancárias e, no mínimo, levantaram suspeitas e colocaram sob risco a lisura e segurança do processo eleitoral.
INDÍCIOS E PROVAS – Os indícios, como vemos são muitos, mas as provas, praticamente não existem, porque a direção do sindicato teve todo o controle do processo eleitoral e mandou e desmandou, não consignando em atas nossos registros das irregularidades. Logo, ao entrarmos com Ação na Justiça do Trabalho, sabemos que os resultados, em termos jurídicos, podem nos ser desfavoráveis, pela falta de provas, mas isso não significa que a verdade deixou de ser verdadeira. Jamais deixaremos que o véu do esquecimento se abata sobre os fatos: uma coisa é ganhar no voto, outra bem diferente é levar na apuração.
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Um comentário:
O que nos diziamos era verdade. Vejam o atrelamento da ex-diretora de comunicacao do sindicato, mulher do Sr. Alberto Cunha, com o governo do Estado:
DIÁRIO OFICIAL Nº. 31676 de 28/05/2010
GABINETE DA GOVERNADORA
DECRETOS
DECRETO
A GOVERNADORA DO ESTADO RESOLVE:
nomear, de acordo com o art. 6º, inciso II, da Lei n.º 5.810, de 24 de janeiro de 1994, MARIA DE JESUS DEMETRIO GAIA para exercer o cargo em comissão de Assessor Especial II, com lotação na Governadoria do Estado, a contar de 27 de maio de 2010.
PALÁCIO DO GOVERNO, 27 DE MAIO DE 2010.
ANA JÚLIA DE VASCONCELOS CAREPA
Governadora do Estado
DECRETO
A GOVERNADORA DO ESTADO RESOLVE:
exonerar, de acordo com o art. 60, inciso I, da Lei n.º 5.810, de 24 de janeiro de 1994, ELIZEU ALVES CARDOSO do cargo em comissão de Assessor de Gabinete II, com lotação na Governadoria do Estado.
PALÁCIO DO GOVERNO, 27 DE MAIO DE 2010.
ANA JÚLIA DE VASCONCELOS CAREPA
Governadora do Estado
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