domingo, 27 de junho de 2010
V CONFERÊNCIA REGIONAL CONFIRMA PRÁTICAS NOCIVAS CONTRA A CATEGORIA
A ampla maioria era de bancários e bancárias dos bancos públicos. Estavam presentes, de um lado, os diretores do Sindicato (eleitos na apuração) e também os antigos dirigentes militantes, todos da artban e da DS, e os delegados escolhidos em Macapá, Marabá e Santarém; e de outro, bancários do Movimento Sindicato Livre e alguns poucos bancários independentes, desvinculados de partidos e facções políticas.
JOGO DE CARTAS MARCADAS - PESO DA ESTRUTURA, ROLO COMPRESSOR, E MUITA CAMPANHA ELEITORAL.
Em verdade, a V Conferência, como já era esperado, foi um jogo de cartas marcadas pelo peso da estrutura e do poder econômico. Infelizmente, a categoria acredita cada vez menos no Sindicato e não comparece aos eventos que deveriam servir para construir uma verdadeira unidade em defesa dos direitos e conquistas dos bancários. Ao contrário, servem para que estes grupos atrelados desgastem cada vez mais a crença na luta sindical.
A V Conferência foi marcada por lances que, se não fossem trágicos, soariam cômicos, porque demonstraram uma coordenação perdida diante dos desafios da campanha salarial e mais preocupada em demarcar posição com grosserias e ofensas, e fazer campanha eleitoral. A plenária foi levada aos risos quando um bancário da artban, mau orientado, perguntou no microfone ao Cláudio Puty, convidado pela DS para palestrar na Conferência, se ele realmente era candidato a deputado federal nas próximas eleições. Alguns bancários indignados pediram respeito, já que a Conferência não deveria se destinar à campanha eleitoral partidária e havia uma campanha salarial a ser planejada. Havia, mas não foi: em outro lamentável lance da Conferência, DS e artban decidiram não votar nenhuma estratégia, nenhum eixo e nenhum índice; aliás, nem o índice de 20% de reajuste proposto pela DS foi votado. A Conferência Regional se limitou a eleger os delegados para a Conferência Nacional que será em julho, no Rio de Janeiro.
DETALHES REVELADORES - PRÁTICAS NOCIVAS
1 - Ao início dos trabalhos foi votado o Regimento Interno que previa a eleição de 15 delegados, com os respectivos 15 suplentes, como sempre ocorre todos os anos. Este ano, porém, a direção sindical (eleita na apuração) aprovou, evidentemente no rolo compressor, que o Regimento seria modificado e que apenas 9 delegados seriam eleitos, já que a Conferência consideraria 6 delegados como natos (atuais dirigentes da Contraf e Fetec). Um acinte digno de quem pouco se importa com a democracia ou com a opinião pública, mas, considerando de onde veio, nada a estranhar, uma vez que estão acostumados a rasgar estatutos e regimentos, vide a eleição sindical.
2 - Por cobrança do Movimento Sindicato Livre, a coordenação da mesa informou o número de bancários credenciados logo que se encerrou o credenciamento, às 12h. No entanto, quando faltavam apenas 4 minutos para as 12h, Kátia Furtado, acompanhada de outros bancários, dirigiu-se à mesa do credenciamento e perguntou para 3 funcionárias do Sindicato, que estavam responsáveis pela tarefa, quantos bancários estavam credenciados. Duas funcionárias responderam que havia 100 bancários credenciados. Diante da exatidão do número, Kátia ainda questionou, enfaticamente, se eram exatamente 100, no que as duas funcionárias confirmaram que sim, eram exatamente 100 bancários credenciados. Durante os minutos seguintes Kátia Furtado permaneceu próxima à mesa do credenciamento e apenas 2 bancários ainda se credenciaram. Ou seja, a mesa coordenadora deveria ter anunciado 102 e não 111 credenciados.
3 - Após o almoço, quando o clima já estava tenso, dominado por chacotas e agressões verbais por parte de alguns diretores do Sindicato (eleitos na apuração), uma das bancárias do Movimento Sindicato Livre, Andréa Amaral, do Banco da Amazônia, identificou na plenárias duas senhoras que antes não estavam de crachá. Elas mantinham os crachás virados para esconder as identificações, mas estavam votando normalmente. Andréa aproximou-se e reconheceu uma das senhoras: ela havia estado junto com Andréa num piquete do Banco da Amazônia na greve do ano passado e, em conversa, naquele momento do piquete, disse que estava dando apoio à Associação dos Empregados do Basa - Aeba, mas que não era bancária. Ali estava, porque havia sido paga para fazer o piquete, ocasião em que ambas, Andréa e a senhora, foram agredidas na porta do Basa e foram, juntas, registrar ocorrência na delegacia. Esta senhora, tinha um crachá pendurado no pescoço e votava na Conferência como se bancária fosse. Andréa Amaral denunciou ao microfone pedindo apuração e providências, diante do que as duas senhoras se abaixaram nas cadeiras, e, envergonhadas, não se reivindicaram enquanto bancárias. Instalou-se um silêncio constrangedor e DS e artban ordenaram que a Conferência continuasse, determinando que qualquer encaminhamento deveria ser feito por escrito à mesa. Andréa, então, encaminhou a denúncia por escrito, e a mesa rejeitou porque havia passado a hora de receber encaminhamentos. A denúncia ficou no ar e um clima de revolta se instalou contra mais esta prática vergonhosa da DS e da artban. Ao final da conferência, as duas senhoras sumiram rapidamente, mas ainda foi possível fotografá-las .
4 - Em mais um triste lance, uma delegada sindical reeleita foi, pela segunda vez, excluída por ser da oposição. Luciete Baia é bancária do Banpará de Tucuruí, delegada sindical reeleita, diretora da AFBEPA e membro do Movimento Sindicato Livre. Luciete é uma mulher de luta, lúcida e sensível, que nunca se calou ante uma injustiça e nunca deixou de manifestar-se quando as maracutaias desses grupos partidários afrontam os bancários. Desde a Campanha pelo PCS da AFBEPA e dos bancários do Banpará que Luciete vem sendo excluída das reuniões de delegados sindicais. Foi assim quando realizaram a reunião às vésperas da assembléia que elegeu a comissão eleitoral. Chamaram alguns delegados sindicais, mas Luciete foi uma das que não foi convidada. Foi assim na V Conferência. Estava sendo divulgado que os delegados sindicais eleitos tomariam posse ao final da Conferência. Luciete não só não foi convidada, e suas passagens e estadia não foram pagas, como também seu diploma não estava lá. Estranho? Apenas para quem ainda não sabe do que são capazes os atuais diretores do Sindicato (eleitos na apuração).
ATUALIZAÇÃO ÀS 18h20 - Recebemos do blog da AFBEPA a seguinte informação que aqui atualizamos: a Presidenta da AFBEPA, Kátia Furtado, informa ao blog que esteve hoje, segunda-feira, pela manhã, na sede do Sindicato dos Bancários acompanhada de Luciete Baia e que ambas receberam a notícia de que a delegada sindical reeleita será ressarcida pelos gastos com a vinda à Belém. No mesmo informe, a Presidenta da AFBEPA lembrou de resgatar outra importante proposta do Movimento Sindicato Livre na V Conferência, relativa ao tema Segurança, qual seja a do ressarcimento dos bens móveis subtraídos em assaltos e sequestros dos bancários e seus familiares vítimas da violência bancária.
SINDICATO LIVRE APRESENTA AS MELHORES PROPOSTAS E FAZ 3 DELEGADOS À CONFERÊNCIA NACIONAL - BANCÁRIOS INDEPENDENTES VOTAM COM A OPOSIÇÃO.
O Movimento Sindicato Livre marcou sua participação na V Conferência Regional pela qualidade das propostas, dentre as quais, destaca-se a solicitação para que o Sindicato encaminhe um estudo das perdas históricas que, desde a década de 80, vêm defasando profundamente os salários da categoria, hoje vítima do endividamento e do assédio moral, fruto das metas abusivas. Pela qualidade de sua intervenção e pela seriedade de suas propostas, o Movimento Sindicato Livre conquistou a preferência dos poucos bancários independentes na V Conferência que, ao final, votaram com a Chapa 2 Livre - Bancários. O Sindicato Livre elegeu 3 delegados: Luciete Baia, do Banpará de Tucuruí, e Marlon George e Andréa Amaral, do Banco da Amazônia, irão representar a ampla maioria dos bancários e bancárias do Pará que desejam mudança, dignidade, coragem, independência, liberdade.
NA AGENDA DA CAMPANHA SALARIAL, AINDA SERÁ POSSÍVEL RESGATAR O DEBATE DE ESTRATÉGIA, EIXOS E ÍNDICES NAS CONFERÊNCIAS DOS BANCÁRIOS DO BANCO DA AMAZÔNIA E DOS BANCÁRIOS DO BANPARÁ, QUE OCORRERÃO EM JULHO, COMO TAMBÉM NAS ASSEMBLÉIAS ONDE A CATEGORIA DEVERÁ DIRIGIR, COM INDEPENDÊNCIA E AUTONOMIA, ESTA CAMPANHA SALARIAL.
ESTEJAMOS ATENTOS E MOBILIZADOS. VAMOS LUTAR PELO MELHOR PARA A CATEGORIA E NÃO EM FUNÇÃO DE ELEIÇÕES PARTIDÁRIAS! A CAMPANHA SALARIAL É DOS BANCÁRIOS!
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quarta-feira, 23 de junho de 2010
DELEGADOS SINDICAIS: CADÊ A TRANSPARÊNCIA? QUEM SÃO OS INSCRITOS NO PRAZO?
DIA 25, SEXTA-FEIRA, É O ÚLTIMO DIA DE ELEIÇÃO PARA DELEGADOS SINDICAIS, MAS, QUEM SÃO OS CANDIDATOS? CADÊ A TRANSPARÊNCIA?
A AFBEPA enviou ofício solicitando esta informação. Vários bancários do Banco da Amazônia, Banco do Brasil e Caixa também solicitaram a informação, pois desejam saber quem são os candidatos por local de trabalho.
Como apenas o sindicato possui essa informação, já que as inscrições foram feitas on line no site da entidade, há locais nos quais as eleições ainda não foram realizadas porque os bancários ainda não sabem quem se candidatou, quem teve a candidatura homologada, a partir de quais critérios, quem conduz a eleição por local de trabalho, enfim, o mínimo necessário para que se processe a eleição. O prazo para eleição de delegados sindicais se encerra amanhã, dia 26 de junho.
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sexta-feira, 18 de junho de 2010
MAIS DO MESMO: DIREÇÃO NEGA DELEGADO, CONQUISTADO NO VOTO, AO SINDICATO LIVRE
Alguns bancários se mostraram revoltados com o desrespeito e se dirigiram, indignados, à sala da presidenta questionando o atraso do início da assembléia. A presidenta não os recebeu e, entre portas, apenas disse que em seu relógio ainda não eram 19h; e só se dignou a descer até o local da assembléia quando a Presidenta da AFBEPA, Kátia Furtado, exigiu, na porta de sua sala que respeitasse os bancários que aguardavam pela direção do sindicato. Nessa altura, grande parte dos bancários já haviam se retirado.
Abaixo, você lê o recurso enviado à Fetec/cn, Contraf/Cut e sindicato dos bancários, registrando a decisão equivocada que, ao final da assembléia, negou um delegado e um suplente, conquistado no voto pela chapa 2, chapa livre, de oposição.
RECURSO DA DECISÃO EQUIVOCADA DA DIREÇÃO DO SINDICATO NA ASSEMBLÉIA DO DIA 17 DE JUNHO DE 2010.
Belém (PA) 17 de junho de 2010.
Hoje ocorreu mais um triste lance do sindicalismo bancário paraense. O Sindicato dos Bancários convocou uma assembléia em primeira chamada para 18h30, e em segunda chamada para 19h, com o objetivo de eleger os delegados e suplentes para o Congresso Extraordinário da Fetec/cn. Desde 18h30 os bancários estavam no espaço cultural, esperando a atual diretoria (eleita na apuração), no entanto, as 19h20 a Assembléia ainda não havia começado. A presidenta (eleita na apuração) estava trancada em seu gabinete.
Apenas às 19h20 a presidenta (eleita na apuração) iniciou a assembléia comunicando que seriam eleitos 6 delegados e 3 suplentes. Duas chapas se inscreveram: a chapa 1 da unidade de situação; e a chapa 2, chapa livre, de oposição. 61 bancários votaram. A chapa 2 obteve 12 votos, o que representou 20% dos votos e teria direito a um delegado e um suplente. No entanto, a presidenta (eleita na apuração) comunicou à assembléia que a chapa 1 obteve as seis vagas de delegados e 3 vagas de suplência, não garantindo o direito a um delegado e um suplente que a chapa 2 conquistou no voto. Essa vergonha desnecessária, inclusive após ter atrasado o início da assembléia já em segunda chamada, apenas confirma a brutal prática do autoritarismo, característica desse grupo atrasado que só se sustenta no pensamento único, e não consegue conviver com a democracia e a diversidade.
Através deste recurso, exigimos que a democracia seja resgatada e que a chapa 2, chapa livre, tenha direito a um delegado e um suplente, conquistado no voto, para o Congresso Extraordinário da Fetec/cn.
Atenciosamente,
Tereza Cristina Quadros,
Marlon George Palheta,
Luiz Carlos Amaral,
Andréa Cristiane Amaral,
Antônio de Pádua Bechara,
Raimundo Nonato Costa Silva,
Wilson Leão Teixeira,
Izabel Cristina Lagos,
Kátia Luiza Silva Furtado.
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terça-feira, 8 de junho de 2010
FÉ NA JUSTIÇA DE DEUS, ESPERANÇA NA JUSTIÇA DOS HOMENS
Aconteceu hoje, dia 8 de junho de 2010, na 12ª Vara do Trabalho, a primeira audiência do processo instaurado a partir da ação movida pela Chapa 2 Sindicato Livre é dos Bancários, em face da Comissão Eleitoral, requerendo a anulação da eleição para Diretoria e Conselho Fiscal do Sindicato dos Bancários do Pará e Amapá. A audiência estava marcada para as 9h50, mas só foi iniciada por volta das 13h, quando a magistrada apenas informou que não iria instruir o processo pelo avançado da hora, perguntando às partes se havia proposta de conciliação. Diante da negativa, a juíza então marcou a audiência de instrução e julgamento para o dia 8 de julho de 2010, às 9h50. “Quero afirmar o que disse uma das irmãs do Comitê Dorothy Stang, quando do julgamento de um dos assassinos: ‘confiamos na justiça de Deus e queremos que funcione a justiça dos homens", afirmou Kátia Furtado, candidata a Presidenta da Chapa 2 Sindicato Livre é dos Bancários.
A categoria bancária é bastante conhecedora dos desmandos cometidos pela atual direção do sindicato, atrelada aos governos e direções de bancos, que mancharam este processo eleitoral. No fundamental, o que foi apresentado ao judiciário trabalhista paraense foi o fato de que a atual direção do sindicato, e sua comissão eleitoral, rasgaram o estatuto da entidade e feriram de morte a democracia sindical, quando descumpriram o que previa o artigo 80 do Estatuto, que determina o início da apuração imediatamente após o final da eleição. Ou seja, às 20h do dia 29 de abril de 2010, deveria ter sido empossada a mesa apuradora e deveria ter se iniciado a conferência dos votos. Mas não foi o que ocorreu. Lamentavelmente, as urnas ficaram em poder do sindicato por quatro dias e quatro noites e os votos só começaram a ser conferidos na noite da segunda-feira, dia 03 de maio de 2010.
Em todo o país, em situações semelhantes, as decisões judiciais mais avançadas e progressistas resguardam a autonomia da categoria representada no Estatuto da entidade, e quando o Estatuto é descumprido em períodos eleitorais, as eleições são anuladas, em respeito à democracia, e novo processo eleitoral é instalado.
JOGO SUJO, MÁ FÉ DOS CONTRÁRIOS
Em total desespero e diante da falta de argumentos que justifiquem o desrespeito ao Estatuto, a direção do Sindicato agiu de má fé ao usar indevidamente um trecho de nosso último panfleto de agradecimento, disponível aqui mesmo no blog e em nosso orkut.
Em nosso panfleto afirmamos que os indícios de fraude são muitos, mas as provas não foram disponibilizadas porque a direção do Sindicato teve o controle total do processo eleitoral, desde a assembléia manipulada que elegeu a comissão eleitoral até a indicação da mesa apuradora da CUT que já havia declarado apoio à chapa 1, da situação.
Pois bem, a atual direção do sindicato destacou apenas uma frase isolada de nosso texto, e descontextualizou o que afirmamos, buscando desqualificar nossas denúncias. O que eles não conseguem e nunca conseguirão explicar para a categoria é porque rasgaram o Estatuto da entidade protelando o início da apuração por quatro dias e quatro noites, mantendo as urnas sob seu total controle. O que eles não conseguem explicar para a categoria é porque precisaram de quatro dias e quatro noites para só então começarem a apurar os votos. Será que aqueles votos eram os mesmos que foram depositados pelos bancários e bancárias? Quem pode afirmar?
Abaixo você vê o trecho de nosso panfleto e em destaque, sublinhada, a frase que eles, no desespero, usaram contra nós, descontextualizando o que afirmamos. Jogo sujo mesmo, mas previsível, vindo de quem veio.
“INDÍCIOS E PROVAS – Os indícios, como vemos são muitos, mas as provas, praticamente não existem, porque a direção do sindicato teve todo o controle do processo eleitoral e mandou e desmandou, não consignando em atas nossos registros das irregularidades. Logo, ao entrarmos com Ação na Justiça do Trabalho, sabemos que os resultados, em termos jurídicos, podem nos ser desfavoráveis, pela falta de provas, mas isso não significa que a verdade deixou de ser verdadeira. Jamais deixaremos que o véu do esquecimento se abata sobre os fatos: uma coisa é ganhar no voto, outra bem diferente é levar na apuração."
MANTENHAMOS A FÉ IMBATÍVEL E A ESPERANÇA ATIVA DE QUE A JUSTIÇA SERÁ FEITA E A FORÇA DA NOSSA CATEGORIA, A VONTADE EXPRESSA NOS VOTOS E O NOSSO ESTATUTO SERÃO RESGATADOS!
CHAPA 2 - SINDICATO LIVRE É DOS BANCÁRIOS.